Mesmo com o maior consumo do meio digital, algumas revistas ainda estão em alta e têm público cativo. Ainda mais quando fazem parte da história em um segmento em especial. Dentre as publicações esportivas de maior sucesso em todo o mundo, vale destacar a Thrasher. Trata-se da revista mais antiga que faz matérias sobre skate. Ela ainda é realmente a maior referência nesse campo editorial.
A revista conta com mais de 250 mil leitores por mês. Seu logotipo é reconhecido até fora do mundo dos skatistas. Pode ser considerada, sem exagero nenhum, uma bíblia do skate e um símbolo cultural.
Neste artigo, vamos falar um pouco sobre a história da revista Thrasher. Aproveite para conhecer um pouco mais sobre a publicação!

Qual é a origem da revista Thrasher?

A revista Thrasher teve seu começo em 1981 quando dois amantes do skate (e fundadores da indústria Independent Trucks), Fausto Vitello e Eric Swenson, juntamente com Kevin Thatcher, deram início a revista na cidade de San Francisco, na Califórnia.
Esses três skatistas, que já eram industriais, criaram a revista com uma ideia bem objetiva: um lugar específico para fazer anúncio de seus produtos e suas marcas, ou seja, estimular a comercialização dos produtos. A publicação ainda não contava com o diferencial “punk” pelo qual ficou conhecida mais tarde.

Qual foi seu ponto de virada?

Um marco na história da revista Thrasher foi a entrada de Jake Phelps no negócio em 1985. Sua presença modificou completamente os rumos da história da revista. Ele foi designado, em princípio, para cuidar do almoxarifado onde se confeccionavam os bonés e as camisetas da Indy Trucks. Porém, como era profundo conhecedor do assunto “skate” e amigo de Fausto Vitello, acabou subindo e cargo e ocupou uma vaga na redação da Thrasher.
No cargo de editor, Jake Phelps polemizou bastante e considerou a popularização do street como a morte do skate. Provocou os leitores, exibindo os piores skatistas da época e suas falhas que resultaram em acidentes graves. Com ele, a revista Thrasher alcançou as características que, até hoje, ela sustenta: irreverência e provocação.
Phelps ainda mantém o cargo de editor, mas não exerce a mesma influência de antes. Eric Swenson e Fausto Vitello, por sua vez, já faleceram em 2011 e 2006 respectivamente.

Como foi a atuação da Thrasher além do papel?

A Thrasher ultrapassou o formato convencional das revistas. Envolveu-se com competições, discos de música, videogames e tudo que se associe com skates. Desde 1990, ela começou a eleger os skatistas mais importantes do ano: eles apareceriam em um anuário e fariam jus a um prêmio.
O título de Skatista do Ano da Thrasher tornou-se um dos prêmios principais de esporte. O público pode votar, mas a decisão final cabe a Phelps. Em 1997, um brasileiro foi contemplado com o prêmio: Bob Burnquist. E, em 2018, dois brasileiros ficaram entre os finalistas: Pedro Barros e Thiago Lemos.

Como é o estilo de escrita da Thrasher?

A revista Thrasher apresenta um estilo de escrita que influencia outros escritores em todo o mundo.  Há também um estilo thrasher de skate, mesmo não havendo um manual que seja definitivo em ambos os casos. Nas páginas da revista, os esportistas praticantes do skate são satirizados ou celebrados, conforme seu desempenho.
Ela tem uma edição especial, que nenhum fã gosta de perder. Trata-se da “Skate of the Year”, lançada anualmente. Ela homenageia o esportista que, durante o ano, representou de forma mais intensa o mantra “Skate and Destroy”.
A revista Thrasher é a preferida dos skatistas. Para quem curte o esporte, certamente ela não pode faltar em sua biblioteca. Deve ser lida e colecionada.
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