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Skate no Afeganistão

Publicado em: 04/02/2009
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Deu no New York Times...

Skate como inclusão social no Afeganistão

Não, você não leu errado - skate também é inclusão lá mesmo, naquele país que é considerado um dos mais atrasados e retrógados do mundo.

Tudo começou quando um australiano chamado Oliver Percovich foi morar na terra dos talibãs junto com sua namorada há uns anos, acompanhando-a em uma mudança de emprego e de países. A relação acabou, a mulher caiu fora e o cara estava ferrado e endividado, e tudo que lhe restava era dar um rolé de skate num chafariz desativado, um dos únicos picos disponíveis em Cabul...

... e toda vez era a mesma coisa: juntava gente pra ver, inclusive policiais, e ninguém se opunha - muito pelo contrário, davam total apoio. As crianças adoravam e cada vez que iria rolar uma sessão, era a mesma coisa: o Oliver tinha de ensinar à molecada como andar de skate. O cara então teve uma idéia: por que não fundar uma escola de skate naquele país?! A partir daí, nasceu o projeto "Skatistan Afghan Skate School" - ou "Skatistão, a escolinha de skate do Afeganistão" em bom português.

Oliver procurou "mais de 20 embaixadas e ongs" atrás de apoio ao seu projeto, e a resposta era sempre negativa. Depois de muita insistência, conseguiu organizar eventos isolados de arrecadação de fundos tanto em sua terra natal como na Alemanha e nos EUA, atraindo a atenção da mídia, e a partir daí as coisas começaram a clarear. Em outubro, os governos da própria Alemanha, e mais da Noruega e do Canadá, doaram fundos pra construção de um skatepark em Cabul, e o governo local também deu uma força doando uma área fora do centro da cidade pra construção da pista. Como se não bastasse, o cara também teve a ajuda inestimável do Titus Dittman, dono da maior distribuidora de material de esportes de prancha da Europa e organizador do Münster Monster Mastership; o benfeitor alemão doou nada menos do que 1 tonelada de material usado de skate, fazendo o Natal da galerinha afegã.

Na matéria do NYT, duas declarações se destacam. Uma é do próprio Oliver, explicando o porquê dele ter tomado essa iniciativa: - "Os jovens daqui estão tentando se dissociar da mentalidade antiga, e eu sou apenas um servo deles nesse sentido. Se eles não tivessem interessados, eu já não estaria aqui há muito tempo."

Outro destaque vai pra uma menina de 9 anos, Maro, que faz parte da turma de skatistas locais, respondendo o porque de gostar de andar de skate: - "Ele me dá coragem, e quando eu começo a andar de skate, eu me esqueço completamente de meus medos. "

Veja a matéria na íntegra em inglês em
http://www.nytimes.com/2009/01/26/sports/othersports/26skate.html?_r=1

Skate: elemento de paz e inclusão no mundo todo. Quem anda, entende.





Fonte Tribo Skate

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